“CEEI respeitou as minhas necessidades e aumentou o meu interesse pela escola”, afirma aluna após entrega de centro educacional do Estado
A estudante Vanessa Vitória, de 17 anos, que está no 8º ano do ensino fundamental, afirmou que seu interesse pela escola aumentou depois que começou a estudar no Centro Estadual de Educação Inclusiva (CEEI). Esta unidade, dedicada a atender alunos com deficiência, autismo e superdotação, foi inaugurada esta semana pelo Governo de Mato Grosso.
“O novo ambiente respeitou e atendeu às minhas necessidades, o que elevou meu interesse pela escola”, declarou Vitória em linguagem de sinais.
O CEEI recebeu um investimento de R$ 8,1 milhões para reformas e ampliações, permitindo acolher 58 alunos que antes estudavam em um prédio que não atendia a todas as necessidades de acessibilidade, localizado ao lado do antigo Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, na rua General Valle. A nova unidade funciona no bairro Consil, em Cuiabá.
Os alunos eram atendidos pelo Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação (CEAADA) e por todos os estudantes que fazem parte do público-alvo da educação especial, tanto na rede pública quanto na privada, recebendo apoio do Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies).
O estudante Carisson de Oliveira, também de 17 anos e do 8º ano do ensino fundamental, lembrou como a linguagem de sinais o ajudou a ser mais aceito pelos colegas e destacou que a nova estrutura do CEEI deve contribuir ainda mais para seu desenvolvimento pessoal. Surdo, ele recebe educação bilíngue na Rede Estadual.
“Desde que comecei a estudar, nunca perdi a vontade de ir à escola. Aqui sou aceito e sinto que faço parte do ambiente escolar, e a escola ficou linda”, afirmou.
A professora Roseli Ferreira da Silva, uma das intérpretes surdocegueiras do CEEI, enfatizou que o novo prédio representa um avanço não apenas na experiência educacional, mas também proporciona um espaço seguro e confortável. “Essa entrega do Estado foi uma conquista, um sonho realizado”, disse.
O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, explicou que os espaços foram projetados para atender às necessidades especiais de cada aluno. “A acessibilidade da nova estrutura inclui rampas, guias, corredores amplos, corrimãos, sinalizações em Braille, ambiente climatizado e materiais sensoriais”, afirmou.
A escola também dispõe de uma cozinha experimental, sala de enfermagem, horta e jardim sensorial, além de cinco núcleos que atendem estudantes com cegueira e deficiência visual, altas habilidades/superdotação, autismo, deficiência auditiva e surdez.